Destruição das Cidades (2016-2023)

De onde as raízes em que se funda este projeto?

Do olhar sobre a História da humanidade e da constatação da destruição das cidades que, em algum lugar, quase sempre está a acontecer.

(Cidade no seu contexto mais abrangente; cidade como património erigido; cidade como abrigo, direito ao sonho e à liberdade, estrutura de vida, representação social e cultural dos povos, património simultaneamente material e imaterial no seu mais profundo sentido).

Partindo de textos bíblicos metafóricos sobre a destruição das cidades e a desconfiança “do outro”, interligando-se com a atualidade, o pensamento criativo foi-se estruturando.

Cruzando imagens reais com ficcionais foram-se (re)construindo imagens de destruição reabilitando do caos, de forma ténue, a ordem que o antecedeu. Capitéis, colunas e rosáceas são vestígios dessa mesma ordem que encontra reforço nas malhas ortogonais construídas a partir de redes.

Cada trabalho surge como um fotograma de um filme interminável, rastos de intolerância e de irracionalidade, mas também da resiliência da polis que se perpetua na memória do tempo.